terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Fragmentos de um embrião - Sucurijú



Situado no extremo oriente do Estado,
É um rio cuja nascente
Começa nos lagos e deságua no mar.
Manguezal e ciriubal são as suas cortinas marginais.
É rico de peixe lacustre
De caranguejo e de pescado do mar.


Sucuriju não só da sucuri,
Mas de caboclo valente ,e de pescador,
Pessoas que sofrem o ano inteiro
E coleta as águas das chuvas para tomar,
Pescador que enfrenta as ondas
E o sol causticante o ano inteiro, em alto mar.


Sucuriju do brejo e do lago;
Onde os meninos nadam no rio e treinam a remar,
Que vivem da pesca do lago e do mar.
Pescado de escama e de pele para exportar,
Pirarucu e tucunaré  em grande escala,
Gurijuba, bagre e outros peixes do mar.


Sucuriju do barco, da canoa, da montaria e da ubá.
Caboclo que rema e veleja em alto mar,
Abandonado à sorte no Cabo do Norte,
Sem terra e na beira do mar.
Caboclo que vive sonhando o ano inteiro
Ao som das ondas das brisas do mar.

Autor: Paulo Leite de Mendonça

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