Ó sábio e turbulento Araguari,
Tuas fortes pororocas e cachoeiras gritam
Para impedir que o homem não te prejudique,
E tu possas continuar com tuas plantas
Num gesto de mãe deslumbrante,
Que acalenta seus filhos em seus leitos.
Embora alguém já atingiu teu peito,
Continua a luta gritando
Para que o homem vá com todo jeito,
Penetrando nas tuas veias jorrantes
De água pura e barrenta do Amazonas.
Não fosse o futuro menos diante
Para continuares em tuas chamas
Jamais estaria alertando seus prantos
Que amanhã por certo chegarão,
Se desnudarem teu leito e cortina de verde brilhante
Que escondem tua planície e teus peixes vagantes.
Autor: Paulo Leite de Mendonça 
Nenhum comentário:
Postar um comentário